14 de jun. de 2012

Madame Bovary e a Psicanálise - parte I


Olá minha gente!!!

Então, a primeira vez que ouvi falar sobre Madame Bovary foi na faculdade de Psicologia. Estava fazendo uma matéria que se chamava “Introdução a Jacques Lacan”, lecionada pelo professor Sérgio Scott, na UFSC.
Para quem não conhece, Lacan foi um importante teórico da Psicanálise e, foi também por gostar e me identificar com sua obra que, durante alguns anos, fiz análise com uma Psicóloga de Orientação Lacaniana – ela era (e continua sendo) quase uma “ídola” pra mim (Freud, ou Lacan, explicam isso, hehe)... Depois da faculdade também fiz alguns anos de formação em Lacan porque, pra mim pelo menos, sua relação teoria-prática é algo totalmente palpável no consultório - trocando em miúdos - é possível ver, de forma clara e prática, todo o sentido de seus ensinamentos na relação terapeuta-paciente...

Ai, ai, meu povo, me empolguei, mas é que esse assunto é empolgante demais pra mim... Lembro que quando fui a primeira vez na Escola Brasileira de Psicanálise, em Floripa, fiquei admirada com os jornais franceses que estavam pendurados em quadros nas paredes, dando à sala da Escola um ar meio “retrô”, misterioso e analítico, hehe... Sim, definitivamente adoro a Psicanálise e consigo sentir sua presença em diversos momentos da vida – da minha e da dos outros – mas não se preocupem, não fico analisando o povo o tempo todo, atualmente, como não clinico, costumo fazer isso só diante o pedido de alguma amiga insistente, hehe... As manifestações artísticas – literatura, cinema, teatro – e as relações humanas também estão carregadas de Psicanálise...

Agora, voltando ao início... Esse professor que ministrava Lacan, Sérgio Scott, era um especialista em Madame Bovary. Como assim??? Explico: Sérgio Scott usou a obra Madame Bovary em seu doutorado para falar da Histeria, uma neurose bastante complexa e estudada desde os tempos de Freud... Aliás, o termo “histérica” caiu no gosto popular e hoje é utilizado para definir pessoas que não necessariamente apresentam essa neurose (eis o tão falado senso comum)...
Depois de falar sobre essa tal Madame, o professor apresentou o filme de mesmo nome (sim, existe o livro e o filme)... É, faz tempo minha gente, tanto que na época, assistimos o filme, que havia sido gravado do Corujão (aquele que passa bem tarde na globo e que geralmente apresenta filmes mais antigos, lembram??? Pois é), num vídeo cassete... Agora só me recordo de ter achado aquela mulher, vamos chamar assim, um tanto quanto singular, hehe...

E, depois de muitos anos, me deparo com quem??? Exatamente, com o tal livro do Gustave Flaubert chamado: Madame Bovary. Só não lembro aonde comprei, sei que foi num sebo, mas não lembro das circunstâncias específicas, mas acho que isso não importa né??? Aliás, este livro está emprestado e ainda não me devolveram, hehe, mas a pessoa já se explicou...
Voltem amanhã e contarei a história do livro sim??? Porque esse texto aqui já ficou muito grande pro meu gosto (e de repente para o de vocês também, melhor prevenir, hehe)... “Inté” amanhã!!!!

Jacques Lacan

Capa da edição que li (bem antiga)

2 comentários:

  1. Li,
    Madame Bovary é um clássico da literatura não é?
    Tenho alguns livros da Editora Abril (que ela lançou no ano passado eu acho)por preços ótimos e ele estava no meio.
    Me diz depois o que achou? Já me falaram que ele é tão paradão... rs

    Beijos.
    Esses assuntos de Psicologia rendeeee hein hahahahahahaha... adoroo

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    Respostas
    1. É um clássico sim Fê!!!
      Vale a pena ler, a história, embora seja numa época antiga, contém coisas da personalidade e dos sentimentos bem atuais... E tem essa relação com a psicologia também que é bem interessante... Beijãooo

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