13 de out. de 2011

O Menino do Pijama Listrado

Olha minha gente, O Menino do Pijama Listrado é simplesmente maravilhoso e, embora eu já tenha visto o filme, acho que o livro é ainda mais intenso e torna nossa relação com os personagens muito mais próxima. A maneira como o autor, John Boyne, criou uma narrativa compassada e fluente, a maneira como ele consegue se comunicar com o leitor em cada linha é incrível...
Quando terminei o livro ontem, chorei que me acabei... Não tanto pelo final da história, mas pelo fato da obra ter me tocado profundamente em cada detalhe que ela descreve sobre as duas crianças, Bruno e Shmuel... A delicadeza no jeito puro e singelo com que eles conseguem se comunicar e enxergar o mundo é encantadora... A riqueza dos pensamentos e das conversas nos faz pensar que as crianças têm muito mais a nos ensinar do que a gente imagina...
Amei a frase da orelha do livro que acho que tem como objetivo dar uma idéia geral da obra: “E cedo ou tarde (o leitor) chegará com Bruno a uma cerca. Cercas como essa existem no mundo todo. Esperamos que você nunca se depare com uma delas...”
Essa frase serve para fazer-nos pensar em todas as cercas que separam e oprimem as pessoas, todas as cercas que nos distanciam de algo ou alguém sobre o qual jamais devemos deixar de lançar um olhar sensível e questionador, as cercas das diferenças, das injustiças, das desigualdades...
A orelha do livro não dá uma dica da história para não prejudicar a leitura, mas posso dizer a vocês que nesse livro o autor conseguiu abordar de uma forma muito especial uma história que envolve dois meninos, uma cerca, um pijama listrado e uma linda amizade...
John Boyne também é autor de O Garoto no Convés e Palácio de Inverno, quero ler e conhecer os dois.

4 comentários:

  1. Em geral, os livros são bem mais intensos e profundos que os filmes produzidos, né? Além de transmitir a ideia límpida do autor, conta com a criação irrestrita da nossa imaginação.

    Sua descrição me convenceu! Quero ler!

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  2. Olá!!!
    Apesar de não gostar muito desse preconceito que existe entre comparar uma obra de literatura com uma obra cinematográfica, são coisas totalmente diferentes... fiquei com vontade de conhecer a obra, tanto pela visão do autor (lendo o livro) como pela visão do roteirista e do diretor (vendo o filme). Aproveito para deixar claro que não quero abrir uma discussão sobre o assunto, pois seria extensa demais para um blog, mas deixemos de lado nossos preconceitos e saibamos apreciar o que cada arte têm para nos ensinar. Até porque eu já vi muito diretor levantando e enriquecendo obras bem caidinhas e que depois que viraram filme fizeram sucesso. Beijos amiga querida e leitoras do blog!!!

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  3. Talvez eu veja dessa forma porque gosto mais de livros... Mas gosto e muito de filmes também, e tu sabe bem disso, hehe... Só que a leitura tem essa capacidade de aproximação entre personagem e leitor, talvez até porque a gente passa mais tempo com um livro do que com um filme... Só acho que às vezes alguns diretores deixam de fora detalhes que para quem leu a obra são importantes... Mas viva o cinema também!!!! Principalmente os trabalhos fiéis e coloridos que dão conta de repassar uma boa história...

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  4. Oi,
    Eu gostei muito desse livro e gostei do filme também!
    Mas uma coisa chamou bastante minha atenção enquanto lia: eu achei o Bruno ingênuo demais pra sua idade, não consigo imaginar que um menino de nove anos, vivendo na Alemanha, não soubesse o que acontecia na época e quem eram as pessoas por trás da cerca. Obviamente que esse pequeno detalhe não tira o mérito do escritor, mas acho realmente que a ingenuidade de Bruno combinaria mais com uma criança mais jovem, de cinco/seis anos mais ou menos.
    Ainda assim é um livro excelente, gostei mesmo!!
    Beijos

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