Olá meu povo!!! Um início de semana cheio de disposição, cheio de paz e luz, cheio de boas novas e muitas alegrias...
Vou começar a semana aqui no blog, falando de um livro bem especial!!! Quando terminei de ler este livro, inclusive, fui lá na página de rosto e escrevi: “simplesmente maravilhoso”. Como vocês já devem saber (até porque já contei aqui e, acho que mais de uma vez até, hehe), adoro escrever minhas impressões sobre um romance em sua primeira página e, nesse, não tinha como ser diferente... Então, escrevi ainda mais coisas que quero dividir aqui, para que vocês entendam o quanto essa obra ficou marcada na minha memória:
“Os romances orientais são verdadeiras sagas... Histórias muitas vezes tristes, bem tristes... Mas, acho que pela própria espiritualidade oriental, seus personagens crescem no sofrimento e jamais endurecem seu coração!”
Hummmm... Achei tão bonitas essas palavras e sinto que elas servem perfeitamente aqui, nesse post sobre Os Fios da Fortuna.
Lembrei agora de uma frase famosa do Che Guevara: “Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás...”
A ternura, a sensibilidade, a amizade, a solidariedade, os sonhos... É tudo isso que mantém nosso coração e nossa vida leve...
Os Fios da Fortuna, escrito pela autora Anita Amirrezvani, narra a comovente trajetória de uma jovem artesã em busca de um lugar para si e sua mãe no Irã do século XVII. Uma heroína que, junto com a confecção de seus tapetes, vai tecendo sua própria história e nos cativando desde o primeiro capítulo.
Uma obra inesquecível que me fez ir atrás das lindas imagens do Irã (A Mesquita Sexta-Feira, O Grande Bazar, A Imagem do Mundo – uma praça enorme e tão bonita quanto seu tamanho)... E, que me permitiu conhecer um pouco da cultura do povo iraniano e a riqueza de seus tapetes (verdadeiras obras de arte, cada qual contando uma história única)... Uma obra que me fez também pensar na desigualdade sofrida pelas mulheres em todo o mundo, principalmente as muçulmanas...
Vale lembrar que, nas últimas páginas, a autora faz um apanhado geral e nos situa dentro dos últimos séculos de história do país...
Um livro muito bem escrito, muito sensível e que eu amei!!!
Sinopse: A passagem de um cometa amaldiçoado pelos céus de uma aldeia vira de cabeça para baixo a vida de uma jovem artesã. Após perder o pai e, conseqüentemente, a fonte de renda da família, a jovem e sua mãe Maheen se vêem obrigadas a recorrer a Gostaham, um tio distante que vive na cidade de Isfahan. As duas viajam pelo deserto, em lombos de camelo, e chegam à capital. No Irã do século XVII, sob o império do xá Abbas o Grande, Isfahan é uma cidade cosmopolita, que recebe aventureiros vindos do ocidente em busca das maravilhas do mundo persa. Encantada com a cidade, boquiaberta diante da Praça Imagem do Mundo e da Mesquita Sexta-Feira, com sua cúpula azul turquesa, a jovem não é capaz de imaginar as provações que a esperam. Ao lado da mãe, ela é obrigada a enfrentar a perversidade da tia Gordiyeh, mulher de Gostaham. E a dureza do trabalho de todo dia: limpar a casa, fazer comida, lavar a roupa, cuidar do jardim. Aos poucos, mãe e filha vêem-se transformadas em escravas da família, tão exploradas quanto à dúzia de empregados que cuidam da mansão.
Apesar do cansaço físico, a moça encontra energia para aprender a arte da tapeçaria com o tio. Dono de uma fábrica de tapetes, Gostaham ensina com carinho e paciência os segredos da escolha de fios, cores e desenhos, e a menina aos poucos desenvolve seu talento. Mas o destino atravessa de novo seu caminho e o sigheh – o casamento clandestino - que parecia a sua chance de ter uma vida feliz, acaba provocando a sua expulsão da casa de Gostaham.
Enfrentar a pobreza das ruas de Isfahan, encontrar um lugar naquele mundo para si e para sua mãe é o desafio da jovem artesã. Os Fios da Fortuna é a história de uma jovem mulher sem nome que, como quer a autora, constitui uma bela homenagem a todos os anônimos artesãos da tapeçaria persa.
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