Amor em minúscula é um livro que eu só fui ler muito tempo depois de adquiri-lo. Eu encontrei este livro praticamente novinho em um sebo (pra ser sincera ele estava até plastificado)... Só que logo depois que comprei, não sei por que cargas da água, começaram a aparecer outros livros... Uns eram presentes, outros eram emprestados, e o Amor em Minúscula foi ficando pra trás... Mas, pra minha surpresa, já logo nas primeiras páginas, quando finalmente me decidi a ler, ele se revelou muito melhor do que eu imaginava...
Agora que estou com ele em mãos, dei uma olhada na observação que fiz em sua primeira folha. Bom, antes me deixem explicar uma coisinha. Acho que só o Davi (meu marido) sabe disso e acho que algumas amigas com quem compartilho esse tipo de sonho também. Eu costumo, depois de terminar um livro, voltar lá na sua primeira folha e escrever nela minha percepção, meu sentimento a respeito daquela narrativa. Faço isso por dois motivos: um, meu sonho é que daqui a alguns bons anos (quem sabe uns 15 anos) meus filhos, já adolescentes, peguem esses livros na biblioteca que terei (sim, tenho esse sonho, ter uma biblioteca que nem de filme, com cadeira giratório e tudo, cofre oculto atrás do quadro...) e leiam o que a mãe deles escreveu. Dois: espero poder eu mesma, mais pra frente, quando resolver reler o romance, relembrar o que senti por ele. Coisa de psicóloga? Sei lá... Mas além de “nova” blogueira também sou Psicóloga desde 2002 meu povo. Não tinha mencionado isso ainda... Falamos disso mais adiante...
Então, depois desta viagem toda, voltemos ao Amor em Minúscula... Escrevi em sua primeira página: ”precioso, lindinho, inteligente... Simples, mas ao mesmo tempo carregado de significados importantes.” E acho que ele é isso mesmo, um livro que fala de certos atos, que mesmo pequenos e corriqueiros, dão total sentido ao nosso cotidiano. Pequenas atitudes que podem também mudar o curso de nosso dia e nossa visão sobre as coisas... Um sorriso, um café, conversar com um vizinho, alimentar seu animal de estimação, reencontrar alguém que não víamos a tempo, caminhar... Olha, em resumo, acho que esse livro vem de encontro ao que eu penso da vida. A felicidade pode estar nas pequenas coisas, todos os dias, ao nosso alcance, pertinho de mim e pertinho de você...
Sobre o autor, Francesc Miralles, ainda não conheci outro livro dele, infelizmente, mas, vou continuar procurando e informo vocês.
Sinopse: Na última noite do ano, Samuel, um professor, tem a certeza de que os 365 dias seguintes não serão muito diferentes daqueles que passaram: milhares de provas a corrigir e aulas a preparar. Em sua rotina, a atividade mais emocionante é a ida ao supermercado. No entanto, para não romper com a tradição, Samuel não se opõe às usuais 12 uvas e à taça de champanhe para celebrar o ano-novo. Na manhã do novo ano, ao se levantar bem cedo, o professor está convencido de que nada de insólito irá lhe acontecer. No entanto, um estranho ruído o leva até a entrada do apartamento. Ali, à soleira da porta, encontra-se um pequeno visitante. Com menos de um palmo de altura e dono de pêlos tigrados, o gatinho saúda com um miado musical o novo amigo. Porém, o que Samuel não imaginava era que aquela visita seria o começo de uma incrível transformação em sua vida. Disposto a não abandonar o novo dono, Mishima (nome recebido em homenagem a um velho escritor japonês) leva Samuel a conhecer Titus, vizinho com quem jamais trocara palavra, e o enigmático Valdemar. Desses dois encontros nasce uma curiosa e terna amizade que, como num passe de mágica, é responsável pela reaproximação do solitário professor com a misteriosa Gabriela... depois de trinta anos. Pela primeira vez em sua vida, Samuel tem a oportunidade de viver intensamente os pequenos acontecimentos cotidianos. Escrito pelo espanhol Francesc Miralles, Amor em minúscula é uma delicada e terna história de amor e amizade, que vai comover o leitor e revelar os pequenos segredos de uma vida plena.
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