17 de ago. de 2011

Felicidade...

Oiiii pessoal!!! Hoje vou postar aqui no blog um texto para dar um “up” na nossa quarta-feira... Dessa vez não será nenhum da nossa querida escritora Martha Medeiros... Dessa vez será um que recebi por e-mail da minha amiga e mais nova mamis do pedaço, Bianca (obrigada pelo e-mail Bibis!!!)... Um texto muito lindinho e verdadeiro sobre a tão desejada felicidade...

Minimamente Feliz
A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-do-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir.
São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
“Eu contabilizo tudo de bom que me aparece”, sou adepta da felicidade homeopática. Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da “minha dieta de felicidade” o uso moderadíssimo da palavra “quando”. Aquela história de “quando eu ganhar na Mega Sena”, “quando eu me casar”, “quando tiver filhos”, “quando meus filhos crescerem”, “quando eu tiver um emprego fabuloso” ou “quando encontrar um homem que me mereça”, tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer a felicidade de hoje.
Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque, quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam!!!
Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

Leila Ferreira - Jornalista

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